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O Museu do Traje de Viana do Castelo, integrado na Rede Portuguesa de Museus desde 2004, é uma instituição de carácter permanente, sem fins lucrativos ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, que incorpora bens culturais e os valoriza através da investigação, inventário, conservação, exposição e interpretação, divulgando os bens representativos da natureza e do homem alto-minhoto, com a missão de estudar a cultura popular, de salvaguardar e desenvolver o património e de educar, no verdadeiro sentido dinâmico de criatividade e cultura.
O Museu do Traje de Viana do Castelo localiza-se no centro histórico da cidade, mais especificamente na Praça da República. Instalado num edifício construído entre 1954 e 1958, com características arquitetónicas do “Estado Novo”, onde funcionou até 1996 a delegação nesta cidade do Banco de Portugal.
Trata-se de um edifício austero com linhas verticais muito acentuadas, apenas decorados por dois altos-relevos (da autoria de Roque Gameiro). Estes altos-relevos representam as atividades económicas: a pesca e a agricultura, onde – como se fosse uma premonição sobre o uso futuro que o edifício teria – raparigas vestidas à lavradeira vindimam e colhem o milho.
Quando a delegação do Banco de Portugal na cidade foi encerrada, a Câmara Municipal imediatamente adquiriu o edifício, destinando-o para Museu do Traje, o que aconteceu em 1997.
A criação de um Museu dedicado à etnografia vianense - e muito particularmente ao Traje – onde se pudesse mostrar o arrojo e a criatividade das raparigas da região foi, desde muito cedo, uma aspiração dos vianenses e por ele lutaram nomes como Cláudio Basto, Abel Viana, o Tenente-coronel Afonso do Paço, Manuel Couto Viana, Amadeu Costa, Benjamim Pereira, entre muitos outros.
O Museu iniciou em 2002 o processo de adesão à Rede Portuguesa de Museus, tendo sido certificado em 2004, o que lhe confere grandes responsabilidades no estudo, conservação e divulgação dos bens culturais. Foi em 2004 que o Museu apresentou a sua primeira exposição permanente, intitulada “ A Lã e o Linho no traje do Alto Minho”, comissariada por Benjamim Pereira.
Em 2007 o edifício sofreu grandes obras de adaptação às funções museológicas, com a conquista de espaços para exposições, reservas, serviços educativos, tertúlias e administração que melhoraram consideravelmente as condições para o cumprimento das funções museológicas.
O Museu do Traje de Viana do Castelo foi criado em 1997, assumindo a missão de estudar e divulgar a identidade e o património etnográfico vianense através do seu expoente máximo, o traje à vianesa.
Por traje à vianesa entendemos o traje feminino, popular, rural, usado nas aldeias em redor de Viana do Castelo, que adquiriu características que o individualizam e tornam imediatamente identificável. Este traje foi usado desde meados do século XIX até meados do XX.
Ao longo do século XX, e coincidindo com o momento em que começou a deixar de ser usado e a perder o seu papel na vida sócio cultural, o traje foi sendo objecto do olhar de estudiosos que lutaram pela manutenção do seu uso quotidiano. Depois, percebendo que tal não era possível, procuraram outras formas de preservar a sua genuinidade, o que acabou por acontecer num conjunto de práticas performativas de que resultaram os grupos folclóricos e a sua elevação à categoria de atracção principal das festas da cidade, em honra da Senhora da Agonia.
Desta forma o traje manteve as suas características e identidade, mesmo quando começou a ser usado em situações descontextualizadas do uso original (fantasia de Carnaval, roupa exótica usada em fotógrafos profissionais, imagem de propaganda e publicidade comercial). Estes usos afastados do uso original foram ajudando a conferir novos significados ao traje: proximidade com o mundo tradicional e com a ruralidade, alegria e criatividade, cerimonialidade, etc, e tiveram – apesar de por vezes serem usados com intenções de parodiar os seus utilizadores genuínos - o efeito benéfico de espalhar e tornar imediatamente reconhecida a imagem do traje em todo o país.
Ganhou assim um extraordinário valor simbólico, tornando-se num ícone maior da identidade vianense e também nacional.
É neste quadro que a criação de um museu dedicado à etnografia vianense - e muito particularmente ao traje – para divulgar a criatividade das raparigas da região na confecção dos seus trajes foi, desde o início do século XX, uma aspiração dos vianenses e por ele lutaram estudiosos como Cláudio Basto, Abel Viana, Afonso do Paço, Manuel Couto Viana, Conde de Aurora, José Rosa de Araújo, Maria Emília de Vasconcelos, Amadeu Costa e Benjamim Pereira, entre muitos outros.
Inicialmente, a tutela do Museu foi entregue à Comissão de Festas da Senhora d’Agonia e funcionou como uma galeria de exposições temporárias, com exposições de traje organizadas por Amadeu Costa.
A Câmara Municipal assumiu a sua tutela em 2000, com a colocação de um técnico superior responsável pelo espaço, e começou a delinear as linhas programáticas que conduziriam à definição da missão e objectivos do museu que serviram de base à candidatura à Rede Portuguesa de Museus.
Foram atribuídas ao novo museu as funções museológicas que a Lei-Quadro dos Museus Portugueses consigna de recolher, preservar, estudar/produzir informação e comunicar/divulgar elementos relacionados com os modos de vida tradicional e a identidade cultural alto minhota. Sendo o traje popular rural feminino, usado nas aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo, habitualmente conhecido como “Traje à Vianesa” ou “à Lavradeira” o elemento mais conhecido e celebrado da etnografia minhota, foi o motivo para a atribuição do nome a este Museu.
O museu assume também, assim, um papel de comunicar e potenciar o valor informativo do traje, que é tanto mais importante quanto está sempre presente na divulgação da cidade e da região e, naturalmente, não é possível nos nossos dias encontrá-lo no seu “ambiente natural” (excepto em situações especiais, como festas, romarias e festivais de folclore).
O museu iniciou em 2002 o processo de adesão à Rede Portuguesa de Museus, tendo sido certificado em 2004, o que lhe confere grandes responsabilidades no estudo, conservação e divulgação dos bens culturais.
Foi também em 2004 que o Museu apresentou a sua primeira exposição permanente, intitulada A Lã e o Linho no Traje do Alto Minho, comissariada por Benjamim Pereira.
Em 2007 o edifício sofreu grandes obras de adaptação às funções museológicas, com a conquista de espaços para exposição, reservas, serviços educativos, tertúlias e administração que melhoraram consideravelmente as condições para o cumprimento das funções museológicas.
No âmbito da sua actividade de conhecimento do território, o museu desenvolveu ainda um conjunto de cinco núcleos museológicos temáticos, espalhados pelas freguesias rurais do concelho: em Outeiro dedicado ao pão, em São Lourenço da Montaria aos moinhos de água, em Carreço aos moinhos de vento e às actividades agro-marítimas, em Castelo de Neiva à apanha do sargaço.
Ao longo deste período apresentou mais de uma centena de exposições temporárias e cinco exposições de longa duração e, até 2020 o museu foi visitado por mais de 500 mil pessoas, sendo uma grande fatia deste número constituído por visitas escolares de alunos que assim ficam a conhecer melhor o traje cuja imagem reconhecem do seu dia a dia.
Por traje à vianesa entendemos o vestuário usado pelas raparigas das aldeias rurais próximas da cidade de Viana do Castelo que ganhou características próprias que o individualizaram em medos do século XIX e foi usado até inícios do século XX. Estas características podem definir-se pela ousadia do seu colorido e pela enorme profusão de elementos decorativos que lhe conferem um aspecto exuberante. Estas características tornam-no único no panorama da indumentária popular em Portugal, sendo facilmente reconhecido e identificado com a região de origem.
Esta foi a principal razão de o traje se transformar num símbolo da identidade local.
O primeiro impacto do traje é de espanto pela sua beleza, mas não podemos esquecer que está integrado num contexto sócio cultural em que faz sentido: uma economia rural próxima da auto-suficiência, que recorria a trabalhos recíprocos, colectivos e gratuitos, com uma forte carga lúdica e de sociabilidade integrada.
Este contexto é a chave fundamental para compreendermos o traje e o relacionarmos com o ambiente em que era usado e fabricado: muitas vezes a mesma rapariga que cultivou o linho (e criou as ovelhas que deram a lã), foi quem o fiou e teceu e depois executou as peças de roupa que tingiu e decorou com bordados e outras aplicações. E não seria raro que fosse essa mesma rapariga a usar o traje, adaptando-o aos ritmos e momentos da vida rural de trabalho quotidiano, dos momentos de descanso, nomeadamente o dominical, e de festa, onde a rapariga se mostra orgulhosamente no seu esplendor.
Foi neste contexto que o traje evoluiu e desenvolveu as características que o individualizam e é por esta razão que é entendido como um espelho de um modo de vida tradicional e da identidade alto minhota.
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